Éfi.
Mar 14, 2022

A sirene toca. O desespero desperta.

Não há o que ignorar: é sangue ou asfixia. Também pode ser qualquer outra dor que te transforma numa úlcera impotente.

Grita, sussurra. Implora que alguém te salve. Que te cuidem. Que ao menos te façam o que lhes é obrigação.

Onde está o olhar que cura? As mãos leves que cicatrizam feridas? A voz que embala o sono entrecortado, numa noite de agonia e agulhas? Onde?

Vem a sirene. Abre-se a boca. Cala-se em abismos. Desperta para evitar o desespero.

Éfi.

A mesma, porém outra todos dias - graças à misericórdia.