Fragmentos de um diário

Éfi.
1 min readOct 16, 2022

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Outubro, 14 – em 2021

Sobre redes sociais.

Tenho usado três redes ultimamente: Discord (tá, não tenho “usado” porque faço parte de um único canal e que não tem quase ninguém), LinkedIn (meu tempo bem gasto) e o Skoob (agora fico lá, para cima e para baixo, vagabundeando).

Ando recusando entrar no Instagram e Twitter. Quase nunca que emprego meu valioso tempo nesses espaços, lucro alguma coisa.

É só prejuízo: ler o que não quero, ler o que me aborrece, ler as más conversações,

ler o oco, ler o vazio,

ler os desvios que são enaltecidos e reduplicados e louvados,

ler a falta de cuidado, de empatia, de misericórdia,

ler a futilidade extrema, não aquela que serve pura e rapidamente para distração, e sim, aquela futilidade extrema que é hostil, que é ardilosa, que é a regra e não a exceção.

Um número de publicações exageradas que expõe a vida (ou parte dela, aliás), mas que demonstra o vínculo altamente vicioso e nocivo que permeia essas vidas,

essa ânsia de ser visto, de ser colocado em prova todo o tempo e ter êxito através de curtidas, comentários e reações.

O tempo tem escorregado por entre nossos dedos e a gente permanece com os olhos vidrados nas telas. Tempos ruins, meus caros.

Eu espero acampar meus próximos anos, além do seio de Camila, na leitura, na boa comida, na boa bebida, nas plantas, no ar livre, nos filmes e em redes sociais que promovam o BOM entretenimento (isso existirá ou já existe?).

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Éfi.

A mesma, porém outra todos dias - graças à misericórdia.